domingo, 29 de abril de 2012

Paraná abre primeira etapa da campanha de vacinação contra a febre A expectativa do Governo do Estado é imunizar 4,3 milhões de cabeças

Secretário inicia campanha (foto: Chuniti Kawamura/ANPr.)
O secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto  Ortigara, lançou neste sábado (28), em Castro, a primeira etapa da campanha  estadual de vacinação contra a febre aftosa. Todos os bovinos e bubalinos de até  24 meses de idade devem ser vacinados entre os dias 1° e 31 de maio. A  expectativa do Governo do Estado é imunizar 100% dos animais nessa faixa etária,
o equivalente a 4,3 milhões de cabeças.
A vacinação deve ser comprovada  pelos produtores até o dia 31 de maio, nas unidades veterinárias da secretaria.
O produtor que não vacinar seus animais será multado em R$ 101,84 por cabeça. A  próxima etapa da campanha será realizada em novembro.
Para Ortigara, a  mobilização representa um desafio para o Governo do Estado e o setor produtivo,  que buscam o reconhecimento do Paraná como área livre de febre aftosa sem  vacinação. “Essa é uma medida que vai dar segurança aos mercados mais  disputados, que querem comprar carnes de locais com plena sanidade”, afirmou.

Segundo o secretário, o Paraná está na reta final para entrar com o  pedido de reconhecimento de área livre de aftosa sem vacinação. A solicitação  será encaminhada após uma avaliação técnica sobre o desempenho dos serviços de
sanidade e das condições do rebanho paranaense – o que deverá ocorrer após a 0 realização das duas etapas da campanha de 2012.
“A febre aftosa é uma  doença contagiosa, que causa prejuízos econômicos sérios aos produtores. Por
  isso, o custo da vacina não deve doer no bolso. Doerá mais se o produtor deixar
de vacinar e colocar em risco toda a estratégia do Estado”, afirmou.
 Ortigara ainda destacou a criação da Agência de Defesa Agropecuária  (Adapar), autarquia que será vinculada à secretaria e vai atuar nos serviços de  sanidade e inspeção da produção agropecuária. “O governo vai contratar, via
concurso público, cerca de 500 profissionais que serão fiscais e educadores. A  ideia é educar os produtores primeiro, para depois autuar os refratários”,
disse.
PRODUTORES – O lançamento da campanha aconteceu na chácara  Salomons, de propriedade de Charles Salomons, especializada em gado leiteiro.  “Vacinar os animais é um investimento, não um custo”, afirmou o produtor.

“Estamos cientes de nossa responsabilidade. Sabemos que, sem sanidade,  não conseguiremos mercado”, disse Franz Borg, presidente da cooperativa  Castrolanda. “Não adianta nada um produtor vacinar e o vizinho, não”,  acrescentou Roelof Hermannes Rabbers, presidente do Conselho Municipal de  Sanidade de Castro. Segundo ele, o conselho fará uma parceria com o sindicato
rural da região para ampliar a mobilização entre os produtores.

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