
"Tenho peso na alma, mas não estou arrependido de nada", diz Jorge Rafael Videla (foto: Reprodução/ Wikipedia)
Aos 86 anos, o ex-ditador argentino Jorge Rafael Videla (1976-1981) admitiu, pela primeira vez, ser o responsável direto pelas "mortes e desaparecimentos de entre 7 mil e 8 mil pessoas" durante seu governo. Videla cumpre pena de prisão perpétua na cadeia militar Campo de Mayo, na Província de Buenos Aires.
Na entrevista concedida ao jornalista argentino Ceferino Reato, o ex-ditador defende que “não havia outra solução” e diz que a repressão violenta a opositores era necessária para que não ocorressem protestos dentro e fora do país.
“Na cúpula militar estávamos de acordo que era o preço a se pagar para ganhar a guerra contra a subversão e precisávamos [de um método] que não fosse evidente, para que a sociedade não o percebesse", disse Videla ao jornalista.
O general afirma ter dado as ordens sobre cada prisão e assassinato de seus opositores, mas que é incapaz de apontar a localização dos corpos pois os assassinatos e eliminação dos cadáveres teriam sido praticados pelas diversas unidades militares sob seu comando.
"Tenho peso na alma, mas não estou arrependido de nada. Gostaria de fazer esta contribuição para que a sociedade saiba o que aconteceu e para aliviar a situação de muitos oficiais que atenderam às minhas ordens", afirmou Videla ao jornalista.
No próximo fim de semana Reato lança na Argentina o livro Disposición Final (Disposição Final, em tradução livre), sobre os anos em que Videla comandou o regime argentino.
bem parana / bbc
Na entrevista concedida ao jornalista argentino Ceferino Reato, o ex-ditador defende que “não havia outra solução” e diz que a repressão violenta a opositores era necessária para que não ocorressem protestos dentro e fora do país.
“Na cúpula militar estávamos de acordo que era o preço a se pagar para ganhar a guerra contra a subversão e precisávamos [de um método] que não fosse evidente, para que a sociedade não o percebesse", disse Videla ao jornalista.
O general afirma ter dado as ordens sobre cada prisão e assassinato de seus opositores, mas que é incapaz de apontar a localização dos corpos pois os assassinatos e eliminação dos cadáveres teriam sido praticados pelas diversas unidades militares sob seu comando.
"Tenho peso na alma, mas não estou arrependido de nada. Gostaria de fazer esta contribuição para que a sociedade saiba o que aconteceu e para aliviar a situação de muitos oficiais que atenderam às minhas ordens", afirmou Videla ao jornalista.
No próximo fim de semana Reato lança na Argentina o livro Disposición Final (Disposição Final, em tradução livre), sobre os anos em que Videla comandou o regime argentino.
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