sábado, 31 de março de 2012

Tablets já são realidade em escolas privadas de Londrina Para especialista, eficácia no uso da nova tecnologia vai depender da criatividade das instituições e dos professores

O uso de tablets nas escolas já é uma realidade em Londrina. Pelo menos duas instituições de ensino particulares utilizam a ferramenta em sala de aula ou em laboratórios específicos. A eficácia desses aparelhos no processo de ensino-aprendizagem, porém, depende do uso feito, alertam especialistas.
No Colégio Ateneu, os alunos do ensino médio não precisam mais carregar uma grande quantidade de apostilas que reúne o material didático. Isto porque todo o conteúdo está disponível na plataforma Moodle, que pode ser acessada via tablet. A recomendação da escola é para que os estudantes usem o Ipad 2 da Apple, que possui uma gama maior de aplicativos que podem ser aproveitados em sala. “É uma quebra de paradigmas”, define o professor de química, proprietário e diretor do Ateneu, Miguel Afonso Vargas.
Segundo ele, no começo, a escola enfrentou algumas dificuldades por parte dos professores e até de alunos, mas o professor garante que o modelo veio para ficar. Vargas destacou a tarefa eletrônica como uma das vantagens para os estudantes. “A tarefa é extremamente importante, mas o professor não dá conta de corrigir. No quiz diário [feito direto no tablet], o próprio sistema faz a correção”, conta. No tablet, os alunos podem acessar todo o conteúdo didático, além de resumo de livros e das aulas. Se o estudante não tiver o Ipad ou outro tablet, pode usar um notebook ou netbook.
Apesar das novidades tecnológicas, os alunos continuam tendo aulas expositivas na lousa e fazendo anotações nos cadernos. “A aula presencial não mudou nada, só ampliamos os recursos audiovisuais”, explica. O novo modelo ainda não foi aplicado para os alunos do cursinho preparatório para o vestibular. Para acessar o material didático dos tablets ou computadores, que é elaborado pela própria escola, os alunos precisam pagar uma taxa anual. “É menos de um terço do valor do material [impresso]. O custo-benefício é melhor e vai diminuindo com o passar dos anos”, garante.
O Colégio Maxi preparou um laboratório específico para aulas de português e matemática com a aplicação de conteúdos nos tablets. A professora e coordenadora pedagógica do ensino médio do colégio, Cássia Gimenes Barcaro, explica que os alunos do primeiro e do segundo ano são divididos em equipes para realizar as atividades com o Ipad. “Conseguimos motivar e trazer o aluno o mais próximo possível do conteúdo com ferramentas próximas a ele”, diz.
Professor diz que tablet melhorou participação dos estudantes
O professor de matemática José Hermano Teixeira Junior afirma que os estudantes já desenham gráficos tablet que, para o professor, é um facilitador da visualização de fenômenos. “Se fizéssemos manualmente cometeríamos erro de escala. O Ipad permite uma certeza maior na construção dos dados.” As aulas com os tablets no Maxi são quinzenais. Junior, que se diz tradicional, conta que o trabalho em equipe dá uma dinâmica diferente para a aula. “O empenho deles é muito grande.”
Os alunos aprovam a novidade. Para a aluna Geovana Caldeira Lourenço, de 15 anos, a aula com Ipad possibilita uma nova vivência para os alunos. “Gera interesse sobre o assunto, além de melhorar o entendimento. A gente aprende na teoria e pode aplicar na prática, assimilando o conteúdo.” O colega Rafael de Lacerda Uliano, da mesma idade, diz que é importante ter acesso a novos aplicativos e ferramentas desde cedo. “No nosso ambiente de trabalho futuro, a tendência é lidar com essas inovações.”
Para o diretor do Colégio Maxi, Ubiracy D´Andrea, é importante inovar no processo ensino-aprendizagem. “O novo espaço evita a zona de conforto, típica do ser humano, e faz do aluno um ser ativo no processo, vivenciando a causa e o efeito. Ele passa a ter nova percepção e dimensão dos elementos que o cercam”. 
jornal de londrina 

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