No dia 21 de abril, quando está marcada mais uma Marcha Nacional contra a Corrupção, em Curitiba o movimento será acrescido com um protesto também contra a violência policial. ONGs e familiares de pessoas que foram vítimas de ações de policiais estão organizando uma grande mobilização para o dia.
Walkyria Bettânia Correia Alves, da ONG Mulher novo Milânio, explica que a idéia surgiu em função do grande número de mães que vem procurando a entidade para denunciar agressão, morte ou tortura de seus filhos por policiais. De acordo com ela, aproximadamente 50 mães já confirmaram presença na manifestação, que conta também com o apoio de outras dez ONGs ligadas à defesa dos direitos humanos.
"Mais de 50 pessoas nos procuraram para denunciar policiais militares por abuso de autoridade. São pessoas que não tinham cometido nenhum crime, que não vendiam drogas, que não tinham sequer entrado em conflito com policias, mas foram assassinados por policiais", diz Walkyria.
Como exemplos , ela cita o caso recente do servente de pedreiro Ismael Ferreira da Conceição, de 19 anos, que foi preso e torturado por cinco PMs, que suspeitavam de sua participação em um crime, no bairro Uberaba no início de março. Hoje a família briga na justiça para punir os responsáveis.
Outro caso citado é de Márcio Gustavo de Camargo, 30 anos, morto por dois PMs em novembro de 2008. Marcio tinha saído para a frente de casa, para atender o celular, quando foi alvejado com dois tiros nas costas. Ele teria sido confundido com um suspeito que morava próximo. Márcio era jogador de futebol , trabalhava com o pai e cuidava da mãe, que estava com câncer, e não tinha qualquer passagem pela polícia. O Ministério Público denunciou os dois policiais e caso também continua na justiça.
"Se eles eram suspeitos de algum crime, por que a polícia não prende e investiga? Não, estas pessoas não foram sequer levadas para uma delegacia. É um absurdo que estejam matando pessoas de bem, que não devem nada à justiça", diz Walquíria. De acordo com ela, o movimento reconhece que há bons e maus policiais. "Não queremos generalizar. Há bons policiais, que defendem o cidadão, mas há também os maus, que não têm ética, não têm respeito por ninguém", afirma.
Em agosto do ano passado, a Delegacia de Homicídios divulgou um levantamento, não oficializado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), que mostrava que 15 pessoas tinham sido mortas em confrontos com PMs no primeiro semestre de 2011. O número 36,6% em relação ao mesmo período de 2010, quando houve 11 mortes nessas circunstâncias.
A Manifestação
Walquíriua explica que no dia 21 de abril serão feitas três manifestações conjuntas: a Marcha contra a Corrupção, o Basta à Violência Policial e uma homenagem à Tiradentes. Os manifestanets se concentram a partir de 10 horas na Praça Santos Andrade e às 12h30 saem em passeata até o Palácio do Governo, nmo Centro Cívico, onde devem permanecer a tarde toda.
Essa será a terceira Marcha contra a Corrupção realizada pelo Movimento Brasil Contra a Corrupção; A primeira aconteceu dia 7 de setembro e a segunda em 12 de outubro de 2011. O movimento é organizado pelas redes sociais e diversas cidades já confirmaram participação.
Walkyria Bettânia Correia Alves, da ONG Mulher novo Milânio, explica que a idéia surgiu em função do grande número de mães que vem procurando a entidade para denunciar agressão, morte ou tortura de seus filhos por policiais. De acordo com ela, aproximadamente 50 mães já confirmaram presença na manifestação, que conta também com o apoio de outras dez ONGs ligadas à defesa dos direitos humanos.
"Mais de 50 pessoas nos procuraram para denunciar policiais militares por abuso de autoridade. São pessoas que não tinham cometido nenhum crime, que não vendiam drogas, que não tinham sequer entrado em conflito com policias, mas foram assassinados por policiais", diz Walkyria.
Como exemplos , ela cita o caso recente do servente de pedreiro Ismael Ferreira da Conceição, de 19 anos, que foi preso e torturado por cinco PMs, que suspeitavam de sua participação em um crime, no bairro Uberaba no início de março. Hoje a família briga na justiça para punir os responsáveis.
Outro caso citado é de Márcio Gustavo de Camargo, 30 anos, morto por dois PMs em novembro de 2008. Marcio tinha saído para a frente de casa, para atender o celular, quando foi alvejado com dois tiros nas costas. Ele teria sido confundido com um suspeito que morava próximo. Márcio era jogador de futebol , trabalhava com o pai e cuidava da mãe, que estava com câncer, e não tinha qualquer passagem pela polícia. O Ministério Público denunciou os dois policiais e caso também continua na justiça.
"Se eles eram suspeitos de algum crime, por que a polícia não prende e investiga? Não, estas pessoas não foram sequer levadas para uma delegacia. É um absurdo que estejam matando pessoas de bem, que não devem nada à justiça", diz Walquíria. De acordo com ela, o movimento reconhece que há bons e maus policiais. "Não queremos generalizar. Há bons policiais, que defendem o cidadão, mas há também os maus, que não têm ética, não têm respeito por ninguém", afirma.
Em agosto do ano passado, a Delegacia de Homicídios divulgou um levantamento, não oficializado pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), que mostrava que 15 pessoas tinham sido mortas em confrontos com PMs no primeiro semestre de 2011. O número 36,6% em relação ao mesmo período de 2010, quando houve 11 mortes nessas circunstâncias.
A Manifestação
Walquíriua explica que no dia 21 de abril serão feitas três manifestações conjuntas: a Marcha contra a Corrupção, o Basta à Violência Policial e uma homenagem à Tiradentes. Os manifestanets se concentram a partir de 10 horas na Praça Santos Andrade e às 12h30 saem em passeata até o Palácio do Governo, nmo Centro Cívico, onde devem permanecer a tarde toda.
Essa será a terceira Marcha contra a Corrupção realizada pelo Movimento Brasil Contra a Corrupção; A primeira aconteceu dia 7 de setembro e a segunda em 12 de outubro de 2011. O movimento é organizado pelas redes sociais e diversas cidades já confirmaram participação.
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